Hoje

22:23

Admito nunca ter tido muito jeito para titulos, frases que fazem grandes sentidos ou contam grandes histórias dignas de livros. A palavra chave de tudo o que escrevo é "alma". É essa que de uma forma tão genuina, mais ou menos intensa, com mais ou menos confusão se apodera das palavras como a unica forma que tem de se expressar. De encontrar o seu escape na cinza das horas.

Mas confesso que a fraca aptidão para titulos e afins seria o menos se não fosse o pouquissimo jeito para me encontrar, para saber que decisões quero tomar e onde e quando as quero fazer valer. Gostava de conseguir bater a porta vezes e vezes sem conta para ir à procura de respostas, gostava de cumprir todas as promessas que ja me fiz, coisas que talvez ninguém queira ouvir. Desejava poder dizer a cada uma das pessoas o que significam para mim, o quanto me marcam de uma maneira ou de outra, sem receios nem inseguranças. Gostava de poder nao fazer aquilo que nao quero, gostava de nao me sentir mal por fazer o que quero, gostava de dar uso à minha liberdade, gostava de sair daqui embora saiba nao ser solução. gostava de saber ao certo o que é uma interrogação e para que serve, gostava de saber o que é uma resposta e que novidades me traz... gostava de saber o futuro sem ter que viver para lá chegar, gostava de saber se algum dia vou poder ter uma casa em marte, para onde pudesse ir sempre que alguma coisa me parecesse demasiado eminente e psicologicamente dificil. Gostava de saber como é a forma da paixão, gostava de saber como é que ela se relaciona com os demais sentimentos. Gostava de conhecer o carinho e perguntar-lhe porque é que tem um ar tão inocente quando no fundo por vezes não o é. Gostava de saber porque é que a duvida se dá tão bem com o caos, porque é que parecem juntar-se contra tudo e contra todos...contra todas as imensas soluções. Gostava de fechar os problemas numa gaveta e mandar a chave borda fora mas gostava que um dia alguém a encontrasse, soubesse onde pertence e me desse respostas ou encontrasse soluções para si. Mas que respostas? aquelas que supostamente gostava de saber o que trazem de novo? mas porquê? se gostava de nao ter medo da novidade e na verdade tenho? porquê, se lido tão estranhamente com o desconhecido? porquê, se o que desconheço me dá um enorme nó no estomago mas ao mesmo tempo uma enorme malicia agradavel na mente?

Respostas? nao existem. Sucedem-se apenas os momentos e as palavras, mas as respostas, essas estão nos confins de algum lugar longinquo ao qual muitas vezes nao conseguimos chegar... até lá " aprendes a construir o teu caminho hoje, porque amanhã o terreno é incerto e demasiado inseguro para planos" .

Ana Tex *

You Might Also Like

0 comentários

Popular Posts

Like us on Facebook

Flickr Images

Subscribe