É isso

21:04

Posso abrir a porta? Deixa-me entrar. Não te recuses mesmo antes de saberes ao que venho. Não é pedir demais, é só como entregar um sorriso que levemente me consuma por dentro e faça valer a pena ter tentado entrar. Depois disso, veremos. Vamos fazer promessas que nunca vamos cumprir. Juras que nunca serão as nossas. Brindemos à nossa empatia e procuremos respostas por entre os lençóis. Deixa-me esperar a tua resposta enquanto me vês vestir. De costas voltadas. Em todo o encanto que isso possa ter. Espera. Deixa que te mande à merda por não te saber resistir. Espera que eu volte, porque vou fazê-lo. Vamos fingir que existiu amor por entre os suspiros de prazer e desejo. Talvez isso nos faça esquecer do que somos ali mas que nunca seremos. Diz-me que me amas mesmo que eu saiba que não o sentes. Como combinado, faremos juras que não são as nossas. Perde-te em mim. Não hesites. Eu não vou hesitar em fazer-me tua. Depois perceberemos que foi um erro. Uma estupidez que não nos levou a lugar nenhum, mas foi um bom momento, ou não? Entendamos que nem sempre as palavras são aquilo que precisamos, nem sempre o amor está ao virar de cada esquina. Nem sempre sentir é uma coisa fácil. Já não é isso que me apetece. Sentir, sinta quem queira.

Ana Teixeira

You Might Also Like

3 comentários

Popular Posts

Like us on Facebook

Flickr Images

Subscribe